terça-feira, 4 de agosto de 2009

Devemos guardar o sábado?

Olá! É um prazer abrir essa secção onde abordaremos algumas das mais variadas objeções pleiteadas por muitos em desfavor da fé Adventista. O primeiro tema a ser escolhido para abertura do debate foi "o Sábado como dia de guarda", porque embora não seja nossa principal doutrina (Santuário é a doutrina mais importante e abrangente do Adventismo), a do sábado é sem dúvida a mais combatida e que causa maior alvoroço no meio evangélico. Aqueles que tiverem dúvidas quanto ao esclarecimento do assunto pode enviar suas dúvidas pelo E-mail adventita@gmail.com ou fazendo diretamente um comentário no próprio blog, no link abaixo de cada postagem. Os argumentos que postaremos serão do Prof. João Flávio Martinez do CACP, de forma enumerada, sendo postado e rebatido um argumento a cada semana.
  1. O Sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita:“Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo. Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério” Ex.31:16. “Lembra-te (povo hebreu) de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado” Dt. 5:15 (parênteses do autor).

Certa vez Cristo disse: "porque a salvação vem dos judeus"(João 4:22), nesse caso devemos desistir da salvação, afinal, no antigo testamento fora somente a eles dispensada a mensagem de salvação que só foi aberta aos gentios após a morte de Estêvão no novo testamento. É engraçado como alguns querem atrelar a mensagem ao destinatário, então o que dizer do livro de Hebreus no novo testamento onde logicamente a mensagem foi direcionada aos Judeus? E a mensagem de Tiago que destina sua mensagem em seu 1º verso do livro "às doze tribos que se encontram na Dispersão"? Ora mas nenhum Cristão ousa argumentar que as mensagens contidas nestes livros não possam ser aplicadas a nós hoje, uma vez que, originalmente tenham sido dadas aos Judeus, e falar que a salvação não foi concedida a nós.

Ademais disso, dizer que o sábado foi criado para os Judeus é um grande equívoco histórico e principalmente exegético afinal o próprio Jesus disse: "O sábado foi criado por causa do homem"(Marcos 2:27) e não por causa do Judeu.
Este dia de guarda foi instituído cerca de 2.000 anos antes de virem a existir o povo israelita, pra ser mais preciso antes mesmo que houvesse pecado, derrubando de vez a idéia de que o sábado é atrelado a uma aliança cerimonial de pacto de Deus com os Judeus em virtude de remissão dos seus pecados. Gênesis 2:1-3 narra que Deus descansou no sábado, só que a mesma Bíblia diz que Deus não se cansa nem se fatiga (Isaías 40:28), ora teríamos aqui uma contradição? Ou Deus resolveu descansar e citar isso na Bíblia sem propósito algum? O mais óbvio é que Deus queria deixar de exemplo para o homem que aquele dia era essencial para o homem, como Jesus mesmo o afirmou 4.000 anos depois quando esteve aqui na terra. Mas o relato não para por ai, diz também que Deus abençoou o dia tornando um canal de bênçãos para aqueles que usufruíssem de seu descanso e guarda, e por fim e tão importante quanto os outros Deus santificou o Sábado. Espera aí, isso não quer dizer que o sábado se tornou dia santo? E o que Deus santifica quem somos nós para modificarmos? Será que Deus mudou de idéia quanto a santidade do sábado e agora não o considera mais como santo aquilo que outrora santificou? (Tiago 1:17) E quantos judeus havia na terra quando Deus fez tudo isso? Isso mesmo NENHUM.
Logo não poderia ser essa uma instituição unicamente Israelita, o fato de Deus ter falado diretamente aos Judeus nos versos citados pelo Prof. Flávio deve ser analisado no contexto histórico. Quem era o povo de Deus naquele tempo? Os Amorreus? Ismaelitas? Não, eram os Judeus! Logo era a eles que Deus deveria direcionar a mensagem do sábado bem como todas as outras, ou melhor relembrar porque este é um dia sagrado instituído antes do pecado dominar os seres humanos: "LEMBRA-TE do dia de Sábado para o santificar" (Êxodo 20:8).

Se Jesus tivesse ensinado outra coisa que não manter a guarda do sábado mesmo após a sua morte, jamais Maria sua fiel seguidora junto com as demais mulheres teriam o guardado após a morte do Mestre (Lucas 23:54-56).

"Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência". Hebreus 4:4,5,9-11. Amém!

Autor: Thiago Costa

Um comentário:

  1. Está comprovado que cada pessoa tem necessidade de um descanso semanal. É por isso que a maioria descansa um dia na semana (normalmente o Domingo).

    O descanso sabático não é meramente descanso físico. Deus não se cansou por criar o mundo em seis dias! A palavra “descansou” (Gên. 2:2) no original tem a mesma raiz da palavra Sábado, ou seja, poderia ser traduzida de forma literal por “sabadeou”. Isso significa que guardar o Sábado é muito mais que repouso físico, é honrá-lo como memorial da criação de Deus, reconhecendo a Ele como Criador e Mantenedor.

    É por isso que Deus não nos pediu um dia em sete dias, Ele pediu o Sábado.
    Não é um princípio, mas algo determinado! Poderia ser a segunda-feira? Se Deus a tivesse escolhido, sim, mas Ele escolheu o Sábado. Guardando o dia escolhido por Deus, você reconhece a soberania do Criador, se mostra obediente e submisso à Sua vontade.
    Dia do Senhor: “Achei-me em visão no dia do Senhor,” foi a declaração feita por João em Apocalipse 1:10. Infelizmente é necessário defender que esse dia é o Sábado, e não qualquer outro dia, no nosso meio adventista.

    Alguns estão “tirando o corpo fora” dizendo que esse dia não é um dia literal, mais um dia simbólico, que representa o dia do juízo de Deus.

    O próprio contexto confirma a literalidade da expressão: (v.9) João está numa ilha (uma pessoa num local preciso) chamada Patmos (ilha literal, ou há alguém que quer conseguir uma interpretação simbólica para ela, como a “solidão espiritual”); (v.10) num tempo preciso, dia do Senhor, e ouviu algo preciso, que está nos versos seguintes.

    Assim como o sábado era especial para João, o deve ser para nós. Além de ser o memorial da Criação, da Redenção e da Salvação futura, ele é o dia do Senhor nosso Deus (Sábado como dia do Senhor: Êx. 20:10; Isa. 58:13; Marc. 2:27-28).

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